quarta-feira, 22 de julho de 2015

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 Após a bem sucedida Revolução Francesa, as ideias do pensamento iluminista se espalharam sob o signo da liberdade, da fraternidade e da igualdade, sendo difundida entre os baianos, na qual ocorrerá um movimento revolucionário denominado de "Conjuração Baiana" ou "Revolta dos Alfaiates". A insatisfação da população baiana contra a administração colonial se volumava por conta da transferência da capital para o Rio de Janeiro, da fome, escassez de produtos e outras mazelas que assolavam a população.
  A partir de então, as ideias radicais foram surgindo na qual contava com a participação dos sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos.
 No ano de 1797, sob influência da maçonaria francesa, formou-se em Salvador uma sociedade secreta que tinha foco inicial realizar a disseminação do iluminismo. Esta sociedade foi denominada maçonaria, pois era composta pelos membros da elite intelectual baiana, essa promovia a leitura de textos de Voltaire e Rosseau, com isso passaram a circular panfletos com ideias revolucionarias e que defendiam a criação de uma República na Baiana.
 Outro homem que se destacou na propagação da revolta foi o médico Cipriano Barata. Ele organizou a população mais humilde, como escravos e pequenos camponeses, para difundir a ideia e influenciar mais pessoas a aderirem a Revolução.
 Com o passar do tempo, esse processo de doutrinamento político ganhou forças com o expresso apoio de outros extratos da sociedade local. Em Agosto de 1978, o número de integrantes do movimento se avolumou assim como a variabilidade das reivindicações. Entre estas, destacamos a criação de um governo de inspiração Jacobina, a transformação do sistema tributário, a melhoria nos salários dos oficiais, a liberdade econômica (governo igualitário) e intelectual, a instalação da primeira república no Brasil e a libertação dos escravos.
 Apesar da divulgação e número de pessoas envolvidas, o movimento não deu certo, com a distribuição precipitada dos conflitos as autoridades ficaram sabendo do que aconteceria. Entre as informações declaradas nos panfletos estava o seguinte trecho: "Animai-vos povo baianense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade - o tempo em que todos seremos iguais".
 Com as informações nas mãos das autoridades, os revoltos foram caçados e centenas de pessoas procuradas e julgadas. Nove foram condenados à morte por enforcamento no dia 8 de Novembro de 1799.
 O movimento envolveu indivíduos de setores urbanos diferentes e de igual maneira marginalizados na produção da riqueza colonial, que se revoltaram contra o sistema que lhes impedia perspectivas de ascensão social. 

Fontes:
www.brasilescola.com.br
www.bophistoria.com.br